quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Nascente poética

 Não! Eu não escrevo poesia,
 deixo fluir em palavras o que estou sentindo
 As palavras se derramam... 
sem que eu as contenha
E vão formando, conjugadas 
algo que nem eu mesma sei...

 É como se eu estivesse tentando explicar a mim mesma
 o que estou sentindo agora.
 E nesse construir, nesse descrever, nesse desvelar
 vai nascendo hoje, uma poesia triste...
 Como se eu materializasse as lágrimas da minha alma
 em cada frase que escrevo.

 Isso é um dom...
 conseguir transcrever o que se sente.
 Mas queria escrever algo mais belo
 sem tanto sal,
 Mais doce...
 iluminado,
 E não esses matizes cinza
que estão sendo pincelados hoje...
 em versos sem sentido.

Assim, vou conjugando meu eu
na busca do meu inconsciente
Que transborda sem que eu o consiga, conter...
em um constante reconstruir poético
Ou seria isso, apenas devaneios loucos?
Não sei...

Mas o amanhã não tarda a chegar
e outros dias irão surgir
Quem sabe mais cor-de-rosa...
onde as palavras que verto 
terão cores, aromas, luzes.
Então serei capaz de verter lágrimas de esperança
que irão compor um belo poema
em versos coloridos de alegria.



AMW. Fênix! 

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