domingo, 7 de novembro de 2010

Janela da alma

Meus olhos retornaram ao meu ponto de partida...
Estou de volta em casa.
Mas não é mais a mesma casa...
Não são mais os mesmos olhos,
Não mais aquele olhar...
Tudo que vejo, agora é diferente...
Mudou, mudei...
E as cores que um dia eu vi, em mil matizes...
Por um momento, viraram tons de cinza...
Meu olhar nublado
Deixou verter uma tempestade de lágrimas
Em meio as trevas que invadiram minha alma...
No quarto escuro onde me recolhi.
Nada mais como antes, não mais as mesmas cores
Tudo diferente, inclusive eu...
De antes, só as lembranças, acinzentadas pelo tempo
Mas que teimam em ter cor, cheiro, sabor...
Não mais o mar...
Não mais amar...
Meus tons de cinza desbotam o verde dos meus olhos...
Não mais vejo, não percebo...
Sou um olhar que não vê!
Embora meus olhos, verdes, insistam em lembrar...
Dos tons da esperança...
Envolta na noite, espero...
O dia raiar, 
Para ver se sol irá despontar.
A lua escureceu e o breu da noite sem estrelas, 
Me assusta...
Mas preciso crer no futuro
Quem sabe pela manhã,
No raiar do dia...
Um lindo canarinho, com asas coloridas
Em tons de esperança
Invada meu quarto, antes escuro...
E devolva-me as cores do amanhecer na primavera...

AMW -Fênix!

Nenhum comentário:

Postar um comentário