sábado, 6 de novembro de 2010

Catarse


Algo em mim se partiu
E de um momento para o outro me vi em pedaços...
Como ser inteira juntando os cacos do que sobrou?
As estrelas permanecem brilhando, mesmo em noites nubladas
Mesmo nas tempestades...
As estrelas brilham...
Minha alma permanece
Diante do pó que restou...
Como construir sem antes deixar tudo em ruína?
Como entender que o que antes era sólido
Um dia, quando menos se espera...

Termina?! Vira pó!
E que só o movimento é constante... eterno...
Algo em mim se partiu
E nunca mais serei a mesma...
Embora ainda brilhe, ainda brilhe...
Mesmo envolta nesse furacão!
Antes e depois, nunca mais serão os mesmos...

O presente também não!
E a ruptura, brusca,

Na madrugada escura...
Escondeu-me as estrelas
Derrubou meus sonhos pelo chão
Fez-me em pedaços

Sem piedade
E apagou, por um instante,
A minha luz
Que mesmo assim...

No céu, ainda insiste...
 Ainda brilha!


(AMW- Fênix!)

Um comentário:

  1. Andréa, bom dia.

    Fiquei feliz por me permitir conhecer seu novo e lindo blog. Gostei muito dos dois poemas até então apresentados. Já o estou seguindo e estarei sempre por aqui, apreciando sua arte.

    Quanto ao poema em si,... não ser mais a mesma pessoa é o resultado natural de todo encontro humano. E, a meu ver, é sempre positivo. Quanto maior a saudade, mais significa ter valido a pena.

    Tudo do melhor do mundo pra você e para os seus,... hoje e sempre.

    Do seu amigo André L. Soares.

    Beijos, poetisa!

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