Minha tristeza vem em ondas...
Há dias, tento resisitr ao impulso que tenta me levar ao fundo...
Na beira da praia, sinto a areia molhada
E o mar de lembranças, de quando em quando, banha meus pés...
Ondas de alegria, ondas de calor... ondas de uma linda estória..
Ondas geladas de um vazio antártido... de uma história que se perdeu.
Andando assim, meio sem rumo, vou deixando pegadas pelo caminho...
Retorno... à infância
Em vão busco a alegria de outrora...
Perdi a criança que há em mim...
Sou todo desespero
Sou só atordoamento.
Ainda não consigo acordar do choque que me trouxe aqui...
Em vão busco o sorriso de outrora.
Lembro meus sonhos...
Só posso seguir, em frente...
Numa marcha que leva e eleva meu espírito,
É o que preciso crer...
Mas uma parte de minha fé, morreu... nesse pesadelo.
Volto a infância e relebro das estórias de lobos maus e chapéuzinhos vermelhos que me faziam rir.
Adulto, percebo que os lobos maus não morrem afogados...
Sou a falta e o anceio...
Enquanto espero que algo cósmico, em mim, venha a agir...
Na incerteza do destino dos meu passos, confusos e pouco ágeis, sigo...
Enquanto o mar de lembranças insiste em apagar as pegadas que deixei pelo caminho,
Não me dando o direito ao retorno.
Ao olhar para trás, vejo que hoje, sou o nada...
Fui apagado, deletado, sem qualquer dó pelo mar revolto.
E mesmo assim, ainda existo!
Eis a grande angústia que me cerca, ainda existo!
Espero que um dia eu possa olhar para trás e ver um belo pôr do sol no horizonte...
Porém, enquanto não consigo ver senão o apagar de minhas pegadas...
Avanço, com uma sensação de que, em algum momento,
Quando menos esperar,
Conseguirei, novamente, me encontrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário