sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estrelas e flores



Já viajei tantos quilômetros, por tantos lugares...
E em cada um deles, alguém eu encontrei...
Essas pessoas me atravessaram de tal maneira, que formam parte do que sou...
Assim como eu, faço parte de cada caminho que cruzei...
São amores de fato... eternos...
Houve aqueles instantâneos, foi bater o olhar e a química se fez,
Vieram outros, de mais lenta evolução, que precisaram de cuidado para que se construíssem as amarras que nos ligam ainda hoje...
Àqueles que prometeram muito, mas não conseguiram cumprir...
Os que nada prometeram, mas foram tudo o que puderam ser, e ainda mais...
Levo-os no coração, embora muitas vezes, os tenha deixado pelos caminhos... não voavam como eu, nem eram tão ciganos...
Enraizados, permaneceram lá, qual flores que plantei ou colhi nestes caminhos por onde ando. Mas como é belo e perfumado o reencontro...
Por vezes, também quis ser assim... criar raiz e não mais voar...  mas não parece que é meu destino
São a saudade que trago, a alegria do meu sorriso que se alimenta de cada lembrança... quisera eu tivesse tido mais tempo de aproveitar esse tempo... nosso tempo...
Alguns já cruzaram o mar que nos separa ... viraram estrelas... não os verei tão cedo... até que eu também faça esse cruzeiro...
São, assim, a alegria da chegada, a tristeza da despedida, o significado da saudade, a esperança do ombro que conforta, a força que contagia e mesmo, a palavra que nos acorda para as mudanças necessárias.
Amores eternos, amigos eu tive, ainda tenho, e farei, em muitos cantos do mundo...
Antigos ou novos, futuros ou velhos, radiantes ou não, temporários ou eternos... De fato, são as preciosidades que plantei e colho na vida...  Queria saber agradecer mais... Triste seria a vida sem estrelas e sem flores pelo caminho...


AMW-Fênix!

domingo, 4 de setembro de 2011

Cântico de sereia...

Acolhe o que sinto...
Vou formando um oceano repleto de gotas de afeto no poema que te ofereço
Queria palavras que pudessem tocar teu coração, iluminar teu sorriso....
Uma canção de sereia para encantar o pescador... ou o peixe...
O tempo esteve nublado, chuvoso... e o sol, por um instante, se escondeu de mim...
É que me senti tão triste... ao ver que teus olhos... distantes, não sorriram como antes...
Perdoa se, sem saber como ajudar, assustada ao ver a tormenta que te rondava... me perdi no vendaval e aumentei as nuvens que nublaram teu olhar...
Amo me perder nos teus olhos Moreno... quando me sorriem...
Navegar no teu corpo... Me embriagar no teu perfume... mas não sou perfeita.
Saiba... teu olhar é mistério, oceano de águas doces, onde quero mergulhar...
Quando teus olhos sorriem... Sou plena... pluma, flutuo... O sol fica mais iluminado e o meu céu mais azul...
A luz do teu sorriso ilumina as ondas do oceano do teu doce olhar... me convida a ser mais feliz!
Em ti, me perco... me encontro, sem medo, mergulho e saio de mim, conjugo você...
Preciso te dizer, Moreno...
Meu olhar de sereia encontrou no teu...
Oceano de água doce como mel, serena, cristalina, onde quero mergulhar... sem medo.
Tua boca é abismo onde me jogo... me perco em ti...
Tua pele sussurra na minha, segredos de prazer que me deliciam desvendar...
Tua voz é doce melodia... encanta mais que o canto das sereias...
Preciso confessar...
Se teus olhos não sorrirem de novo, Moreno...
Perderei a bússula... o caminho do teu oceano de doces águas...
Triste, voltarei para o mar, formado de lágrimas salgadas que verteram de meus olhos de sereia...em meio aos antigos naufrágios que se encontram perdidos lá no fundo...
Não cantarei...
Mas se eles sorrirem... se me olharem com a doçura da primeira vez...
De meus olhos verdes verterão  gotas de alegria, formando um oceano ainda não desvendado... iluminado...
Onde vou te convidar a viver, Moreno...
Mergulhado, ao meu lado... um peixe livre... nadando... feliz, ouvindo o cântico de sereia, enquanto quiseres!


AMW-Fênix!

domingo, 14 de agosto de 2011

Sereia-menina.

As vezes,
só as vezes....
Minha face sereia-menina aparece...
Ela sai, não sei bem de onde,
simplesmente revela-se.
Sem que eu perceba,
Ela transborda em mim.
Difícil contê-la!
Mais difícil ainda, encontrá-la... quando ela teima em se esconder no meu imenso mar...
Se ela soubesse como gosto dela!
Quanto eu adoro quando esse meigo olhar me visita...
Há, tenho certeza...  não desapareceria por tanto tempo!
Seria sempre, presente, sereia-menina...
Encantadora mulher! 

AMW-Fênix!

domingo, 17 de julho de 2011

Retrato - Cecilia Meireles

Eu pensei em descrever o que sinto, o que vejo, as eis que chegam de longe, palavras que me descreveram a alma e premuniram meu retrato.

estranho.

talvez... mas parece que sentir é um ato solitário, compartilhado por milhões de outros eus solitários.



Autopsicografia (Fernando Pessoa) - na voz de Paulo Autran

domingo, 19 de junho de 2011

Sentir...

Um pulsar diferente hoje se revelou
foi saudade de outros tempos, talvez...
Lembrei momentos de alegria e felicidade
Quando ouvi tua voz, outra vez.
Distante, tão longe quanto nossas lembranças,
ouvi um coro de anjos em teus risos
lembrei de você, de nós...
de quando eu era luz de teus olhos.
Ah, garganta embargada de saudades
De um amor que foi e sempre, sempre será...
Calmaria em meio a um mundo de tempestades
De um coração pulsa de amor
amor que ainda existe e que um dia, aconteceu...
E se foi breve, foi brisa... primavera,
Em noites quentes de um verão que se perdeu.
bom demais poder sentir saudade,  ouvir teu riso ao longe e ver tua luz brilhar mais e mais
amo, ainda amo de verdade,
da forma mais bela e livre que há...
por isso sinto... sempre... a alegria contigo
ao ouvir de longe teu riso 
melodia que ainda me faz sonhar.


AMW-FÊNIX!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Volúpia...

Desejo... ainda, o beijo... que de ti recebi...
E de novo, em teus braços, o suspiro, o delírio...
Enrosca em minha pele,
Beija meu corpo...
Descobre, desvenda a mulher..
E o riso solto da menina.
Morde minha nuca e me tira do sério...
Me leva ao espaço, derradeiro...
paraíso dos amantes...
Onde os
corpos, entrelaçados, 
conjugam juntos...
uma nota só.
Deixa vestígios na minha pele
Teu gosto na minha boca...
Teu cheiro em minhas entranhas...
Assim, depois do prazer...
A lembrança de teus beijos...
Teu toque e teus suspiros, para desejar mais... e mais...
O prazer de estar, ser, ficar... gozar e nada... nada mais...
a volúpia... o desejo... de novo... eu e você.



AMW-Fenix!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A Rosa.

Eu sou uma rosa em meio a teu caminho.
E, embora você não queira,  eu tenho meus espinhos.
Se soubésseis me tratar com sutileza e cuidado, talvez não percebesseis isso.
mas que culpa tenho eu se és descuidado,
se pisas-te em mim a ponto de senti-los?
Sei que preferís me culpar, mas escuteis minha defesa...
Uma rosa tem seu perfume,
botões que desabrocham, veludo em suas pétalas...
beleza, delicadeza, cor...
mas se não conseguís perceber,
se preferis-te destruir minhas pétalas,
se não valorizas-te meu perfume e pisas-te sem cuidado em mim,
que culpa tenho em mostrar-te meus espinhos?
Será que eu deveria não reagir, não gritar?
Entendo, é mais fácil me culpar... 
Ouça-me bem, também sei ferir!!! eis minha única defesa!
Meus espinhos são sentidos com mais profundidade por todos aqueles que não me tratam com delicadeza...
Mas os que percebem minha qualidade,
os que me tratam com bondade, nada devem temer...
Uma rosa, mesmo sem pétalas ainda é uma rosa, sabeis?
Eis o que sou, uma rosa, entenda você ou não!
Se não tiveste sensibilidade em perceber, se não sentes meu perfume, se não percebeste a minha beleza, se me ignoras, se preferís pisar em minhas pétalas e dilacerar-me o corpo... que ao menos sintas, em tua pele, os meus espinhos!


AMW - Fênix!

terça-feira, 24 de maio de 2011

Angústia...

Me sinto só.
E embora a paisagem seja bela, não consigo ver a beleza.
Sinto falta das folhas verdes,
Vivo o outono, e elas caíram ao chão, como eu...
Como me livrar desse vazio? Como não sentir... essa falta?
Vejo o horizonte, e sei, que neste instante, tenho tudo que se quer pra ser feliz...
Então porque esse tudo tem gosto de nada? De onde vem tamanha tristeza?
Porque nada sou? Estou secando, em breve, serei... árvore seca...
Não sinto o sabor do vento...
Ele passa, me atravessa,mas não o sinto... não o sinto...
Aqui, parada, me sinto, só.
Olho o horizonte, mas não vejo...
Em frente ao rio, estou a morrer de sede...
Tenho sede... Que fazer?
Saudade...
De um tempo, em que o amor percorria meu ser..
Em que meus galhos eram verdes, cor de esperança.


AMW - Fênix!
25/05/2011

sábado, 14 de maio de 2011

In só ...

Tenho medo que amanheça...
Outra noite passo em claro mas nada clareia o meu redor..
O dia não tarda raiar, mas é a madrugada que me faz companhia.
Tenho medo de dormir
E, quando ao final, caio exausta, adormeço... não quero acordar.
É que, parece, falta...
Vazio, meus pensamentos demoram tanto a aquietar que antes do sono, o dia vem...
E eu, mesmo só não consigo refletir.
Há horas em que penso estar sonhando... nem sempre é um pesadelo,
é como se não estivesse acordada.
Mas estou e só
Só estou, tentando dormir, para acordar, amanhã... tem sentido?
Sinto e como sinto, só não mais atino o quê!
E outra manhã chega.. vou dormir, vencer mais algumas horas e acordar... ou será que de fato estou sonhando e acordarei ao nascer do sol??

AMW - Fênix!

domingo, 3 de abril de 2011

Sempre a caminho...

Preciso aceitar,
Que nada é permanente, só a certeza da morte.
Aceitar que estou de passagem e que minha sina, não é permanecer...
mas ficar na lembrança.
Eterna enquanto lembrança, seja triste ou feliz...
Lembrar...
Aceitar meu destino transeunte..
Preciso, caminhar com mais calma e apreciar a paisagem enquanto faço essa viagem...
De mim, sobrarão, talvez, as impressões,
algumas palavras soltas, ou imagens esquecidas, que servirão para você relembrar...
Sou aquela que habita os sonhos,
Mas não pode permanecer... porque nada é eterno, em realidade. Tudo é perene.
Mas, enquanto descanço, entre uma caminhada e outra,
deixa eu te amar sem medidas..
deixa eu ser plena, inteira...
Não! Não quero mais a segurança de ficar,
mas e emoção de seguir... a alegria do encontro e do reencontro...
Se quiseres me acompanhar nessa viagem, pode vir,
mas saiba... talvez meus passos sejam diferentes dos teus e tomemos outros atalhos...
Se nos perdermos por um tempo, seja paciente e permaneça feliz, acalentando nossas lembranças juntos.
Se olhares para trás, me verás, nas recordações dos tempos em que caminhavamos...
Ou no mar, que mesmo revolto, permanece ali.
Ou ainda em versos soltos, esquecidos,
feitos enquanto tu eras minha inspiração,
enquanto descançavamos juntos, talvez, em meio a esse caminho.
Eu preciso aceitar... Você também... Não pense que é fácil! Não pense que, as vezes, não dói, partir...
Que as vezes não quero me agarrar também a ilusão de eternidade...
Que não gostaria de parar o tempo e ficar aqui, nos teus braços.
Mas, não vim à esse mundo criar raiz, vim à passeio.
Vim ser, apenas, lembrança...
Sigo pela vida, deixando algumas pegadas pelo caminho,
Aproveitando cada minuto que me faz ser, ainda mais, Eu!



AMW - Fênix!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Auto-retrato

Sou..
Uma porção de pontos, espaços, traços, cores e tons de cinza...
O sorriso que desabrocha
E o olhar... verde de esperança, que te penetra a alma.
Um devir, um chegar,
Algo..
 Que se escondeu por algum tempo,
mas que não se consegue encobrir o tempo todo...
Sedução e ternura que se derramam..
E as carências da criança que ainda habita em mim.
Linda, mas ainda não completa...
Constante construção e mudança
Complexa, mas plena.
Luz..
Que você percebe, no sorriso franco que te abro.
A calma e a tempestade.
Com as cores do arco-íris..
Em carícias de plenitude.
Aconchego, afago, ternura...
Desejo..
Que te envolve, transborda
E que não se pode conter.


AMW-Fênix!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Saudade de mim...

Sinto que algo me  falta
Meu rosto, meu olhar, não conseguem esconder
Busco em vão em minhas fotos
Uma imagem que me faça sentir que brilho, como antes...
Meu olhar revela tristeza, mesmo quando sorrio.
Minha face empalideceu,
Não me reconheço mais...
Ao ver o quão transparente é minha falta,
Fico ainda mais triste e perdida...
Ela se revela, mesmo quando a quero esconder em falsa alegria...
Queria brilhar como antes...
Mas ainda existe um breu a envolver meu sorriso,
Ou meus olhos estão obscurecidos por um véu de tristeza?
Não sei... mas sinto...
Ah, sinto... saudade... de ver transparente meu sorriso...
No reflexo... que vejo... ah...
Saudade.. de mim...


AMW-Fênix!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Sigo...

Por que meus caminhos não são simples?
As promessas não são honradas e eu, descreio...
Estou insegura... o que fazer, onde ir, em que(m) confiar?
Sinto que tenho um Pai por mim,
mas não o compreendo...
E essa angústia que me acompanha,
não parece querer cessar...
Tudo que eu queria era recomeçar...
mas no recomeço
me vejo ainda perdida, sem chão...
Há horas em que a solidão dos meus dias, me sufoca...
é demasiada presença...
Pensei que teria paz
e tudo que encontro é luta...
Nem sei porquê sou combatida,
porquê combato...
Não quero essa guerra, inglória...
Sigo, porque não posso parar,
Tudo que eu queria, era um lugar seguro,
Onde eu pudesse repousar,
fincar minha raiz e brotar,
crescer, florecer de encontro à luz.

AMW-Fênix!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Desamor


Hoje, eu tive inveja...
de amores leves, que ainda não tiveram o tempo de acontecer,
daqueles que dão saudade até a quem nunca os sentiu.
Senti uma profunda tristeza pelos amores que tive..
Mas amor, deve dar tristeza?
Não, creio que não... Mas hoje, não me basta a alegria de um dia ter amado.
Sinto o desamor...
Queria mais, talvez o encantamento que embaralha as lembranças e acalenta as esperanças...
Aquele encantamento que, ao que parece, perdi...
Hoje, meus olhos vertem lágrimas de uma saudade, uma tristeza, quem nem em versos, consigo explicar...
Como descrever o que não pretendo revelar a eu mesma?
Minha alma chora, desencantos... desamores...
Enquanto invejo amores adolescentes, que ainda não tiveram tempo de florescer, nem despetalar...
Queria eu ter aquela leveza de outrora, onde acreditava ser estrela em teu céu...
Sem saber que sem céu, despencaria...
estrela em terra... é nada, vira pó.
Quiçá, no mar, houvesse eu, despencado...
ao menos seria alguma coisa.




AMW-Fênix!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um dia entenderei...

Hoje não compreendo bem a escuridão da noite...
Na madrugada vou compondo uma poesia de solidão,
Refletindo  sobre o que... um dia... entenderei.

Armas a postos e armadura também,
em vão tento me proteger do meu destino...
Nas batalhas que enfrento,
toda vez que acredito nas falsas palavras de Dulcineia...

Minha linda Dulcineia, das promessas de amor...

Sofro...
Vendo alucinações  de dragões e castelos em moinhos de vento.... que não posso vencer.
Enlouqueci? Quiçá...

Meu lado Dom Quixote não se cansa de sonhar,
Mas meu corpo, minha alma,
Trazem marcadas as desilusões dos sonhos de felicidade, transformados em pesadelos de realidade...

Um dia quem sabe eu entenda...
Dulcineia,
Que promessas não são feitas para serem cumpridas...
Pois não seriam promessas.
Que máscaras caem, desmoronam mesmo sem querer...
Nos chocando quando vemos o desconhecido.
Que amizades se perdem
E amores... também,
Que nem sempre vale a pena a confiança distribuída,
E que sofrer,
Faz parte de ser alguém...
Que o mundo não pára para chorar nossas dores,
E nossas lágrimas não param, só porque os olhos secaram de chorar...

Quem sabe, um dia, eu entenda... Dulcineia,
Só não sei, se poderei, entendendo... aceitar.


AMW - Fênix!

sábado, 22 de janeiro de 2011

ESCOLHAS

Seguir em frente, ou repousar debaixo de árvore frondosa?
O horizonte convida... o cansaço também.
Seguir sozinha, ouvindo os próprios pensamentos e o vento... apreciar a paisagem, o caminho, buscando chegar a algum lugar...
Estacionar, ficar... beira de caminho...
Destino certo... só, a morte!
Percorro a estrada... e nela, por vezes, me encontro, me perco... num jogo de descobertas e fracassos, lutas e vitórias...
O fim: o horizonte... o céu nem sempre azul, as vezes orvalhado por gotas de chuva, que molham a terra que me permite trafegar...
Daqui, me transporto... não voo, as vezes ando, noutras creio flutuar... por vezes, corro, numa ânsia louca de chegar...
Onde? Ali... Logo depois da curva, naquele ponto que ainda não conheço, mas que, no íntimo, sei que existe...
O que vou encontrar? Não sei...
Sou o caminho e o andarilho, me confundo com a paisagem e avanço...
Sou o destino e o começo, num eterno devir, (re)começar...
Estrada e viajante, início e fim de eu mesma,
me (re)conheço no começo de outra trajetória.
Horizonte a frente, melhor não olhar para trás, seguir...
Incrível como as dores passam, ficam, como as paisagens, imóveis, a beira do caminho...
Feliz quem encontra alegria em si mesmo numa viagem que nunca se encerra na descoberta do que existe depois da curva...


AMW- Fênix!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Confissão

Tudo o que eu queria, agora, era te fazer sangrar...
teus olhos verterem lágrimas de sangue...
te afogar na dor...
que sinto....
Quisera te ferir...
para saber se tu és humano...
para esconder o amor, que se sente, humilhado...
em cólera!!!
Mas ainda são minhas, as lágrimas que correm.
Ainda sou eu, que sangro... enquanto desfilas, compassivo...
De tudo o que sinto,

só a raiva me mantém em pé...
preciso continuar... seguir...
chegar, aonde? Não sei!
Aqui, parada, frente ao dia que vai raiar,
ainda vejo as fotos antigas,

de um dia que.... já passou,
onde tu sorriu...
promessas de alegrias... eternas,
enquanto, roubou-me, sem remorsos, a alma...
Ingénua ou orgulhosa eu fui?
Acreditei que eu te devolverá a luz dos olhos,
e tu me atiravas na mais profunda escuridão dos meus dias... sem piedade!!!
Cega, ainda, de dor, confesso:
O que queria, agora, é te ferir,

 te ver sangrar,
assim saberia se ainda és humano!!!
quem sabe??!
descubra, ao rasgar-te em pedaços,
que dentro de ti, ainda existe...

uma alma? um coração?


AMW-Fênix!