domingo, 4 de outubro de 2015

Consentimento.

Então pode ir...
Vá!
Encontre seus sonhos...
Sendo feliz!
Aqui, nada mais posso fazer que desejar
E desejo que vá para onde seu coração quiser...
Amar é isso.
Libertar.
Voe. Vá!
Mas leve contigo essa parte do meu coração
Que desejou partir com você.
Deixe comigo essa saudade,
essa falta,
que assinala que no fim,
algo valeu a pena ser vivido,
A ponto de que eu não consiga esquecer.
Nem você.
Pode ir,
Porque mesmo que eu quisesse,
Não poderia te impedir
Nem conduzir seu caminho por onde penso ser melhor
Amo você,
Amo tanto que te quero assim, a caminho...
Vá! E leve contigo, esse consentimento sentido
E quem sabe, também alguma dose de saudade.

AMW- Phoenix!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

E fim, sós...

Foi um amor que ainda não acabou,
mas não teve forças para permanecer,
já não pode ser, não mais será!
A dor do que era e não mais existe, 
permanece presente.
Lágrimas insistem 
Rolam sem pedir licença
Mas o amor,
Partiu.
Também parti... o coração.
Desalentei os sonhos...
Restaram lembranças, mágoas... 
Sorrisos,
Que não mais existem.
E todo o erro, todo o desespero que levou ao fim
Saudade...
Não pode manter o rumo 
Vida para seguir em frente
 Não pode focar no passado.
Hoje, nossos sorrisos fazem falta,
Mostram que existiu amor em nós...
Mas também falam do fim que não pude evitar.
E na nossa história estranha,
O amor que queríamos não aconteceu
 foi vítima da sensação de incompletude do sonho
da falta, das esperanças não preenchidas,
Os sonhos não concretizados,
As expectativas frustradas de nós dois...
A falta de proximidade
Nos afastaram,
E fui te perdendo, me perdendo, em mil redemoinhos de outras lembranças,
De outros erros, de medos.
Hoje, mal consigo compor 
o que resta de nós, de mim.
Sou falta de um abraço,
Lágrima da lembrança de um sorriso,
Sorriso que se perde no horizonte,
Sou velha fotografia, 
Solidão de uma noite fria.
Somos apenas cicatrizes de algo que tinha tudo para ser e não foi,
Mas que ainda assim, marcou nossa vida
Ainda vive na minha lembrança
E nas marcas novas do meu velho coração.

AMW-Fênix.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Entre cercas

Depois de tantos desencontros, 
Escondeu o coração 
Colocou barreiras,
Fez distância
Buscando apagar a essência
Daquilo que lhe causa dor...
Desesperado e prisioneiro
Fez o sentimento primeiro,
Cercado, encurralado pela dor.
Dali onde se encontra, espreita
O mundo de encantos que, certa feita,
Lhe causou profunda desilusão.
Mas eis que nada é para sempre,
Nem a dor ainda presente.
O amor
Antes, força pulsante
Agora inimigo 
Está ausente
Foi expulso
E, sem abrigo,
Insiste e lhe sussurra:
Quero habitar teu coração, deixas? 
A razão entrincheirada resiste, 
Mas o amor está ali, 
Não desiste
Espera
Paciente
O momento em que sua voz ecoe, 
Ultrapasse as barreiras
Alegremente
Como nova canção
E assim, num mágico segundo
Possa novamente
 Fazer em ti morada.
Oh!  coração escute seu pedido!
E encantado outra vez, 
Se entregue
Seja atrevido
Porque o amor espera
Ser completo,
Pleno e feliz contigo.


sábado, 20 de junho de 2015

Um suspiro qualquer...

Seu olhar conspira 
contra qualquer tentativa poética de o decifrar....
 Tal como a lua cheia, 
não se pode traduzir 
o que ele faz sentir 
em palavras, 
 perdemo-nos 
admirando seu brilho distante....


AMW -Fênix
Coimbra, 20 de junho de 2015. 

domingo, 19 de abril de 2015

Obrigado por teu amor

Percebi hoje
não tive tempo ainda,
de agradecer como devia
cada instante de alegria
que contigo vivi
Seu olhar,
suas mãos nas minhas,
seu beijo doce
e cada sorriso teu
Estão guardados na memória.
Quero dizer como é bom
sentir de novo
o meu sorriso se abrindo
cada vez que penso em você...
E mesmo pela dor
que vem do medo de te perder
preciso agradecer.
Sabe, você me fez voltar a ver
coloridos sonhos
tantas alegrias
em tão poucos dias...
Meu coração te guarda
Em um cantinho apertado,
junto a um monte de saudade...
Quando lembro de teu riso,
Meu corpo se agita,
A respiração muda,
Sinto-me viva outra vez.
Quero agradecer
teu abraço amigo,
teu calor,
teu desejo incontido
E o homem que és.
Obrigado por teu amor
que vem cheio de cuidado,
devagar e sem pressa,
presente em cada gesto teu.
Quero que saibas
com você
reencontrei em mim,
a mulher que sonha,
que ama, que deseja
mas também o medo de não merecer-te
E a necessidade de o superar.
Quero agradecer,
por perceber minha tolice em ser assim tão boba
Louca, insanamente apaixonada por você.
Por cada beijo seu
em minhas mãos
ou por apenas segura-las
enquanto me olhas...
por querer chegar em minha vida
devagar, sem pressa
porque se preocupa comigo e com você.
Agradecer por cada dia
em que sou feliz ao seu lado.
Por cada abraço apertado
Beijo trocado,
Ou por ficar apenas calado,
quando te magoei,
por ter me perdoado
por cada riso que dei
por ouvir-te
a me chamar de boba.
Por ser mais que um amante,
ser meu amigo,
ser constante
e mesmo quando eu não entendo a ti
saber ser forte abrigo.
Confesso-te
não sei porque gosto tanto assim de ti...
não consigo resistir a esse sentimento
mesmo longe
estas presente aqui dentro
Em cada lembrança,
em cada lugar onde estivemos
nas fotografias,
que tirei dos teus olhares
e guardei na minha memória.
Quero agradecer,
por você existir
por ter entrado em minha vida
e me ensinado  a ver
que pode ser diferente,
pois há pessoas no mundo
que são assim,
como você,
e que saudade
é uma dor que a gente só sente,
por que ama cada instante
que viveu ao lado de quem está distante.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Teu poema

Lembro teus beijos e meu corpo, arrepia.
Memória revive os momentos em que estive em seus braços...
O cheiro do teu corpo ainda está impregnado no meu...
doce perfume, 
alquimia que me atrai até você.
outra noite não durmo, 
por sonhar acordada contigo.


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Enquanto o dia nasce...



O dia chegou, a luz da rua se apagou...
A árvore  que me daria frutos na primavera do nosso amor... secou.
O inverno invadiu meus pensamentos,
no frio da noite...
Morpheu também não veio,
E na insônia, só, pensei em nós, tentei chorar,
mas em vão,
as lágrimas secaram,
Meus olhos abertos, insistem em ver o dia que nasce,
Não dormi, não tinha razões para sonhar...
Acordada, olho ao longe
Nada vejo...
O quarto ainda escuro me impede de levantar,
Mas preciso sair, caminhar sem rumo...
O corpo cansado, sente falta do carinho sincero, do abraço que protege... do colo que acolhe...
Ilusão...
Os frutos que me prometeu, não vingaram na primavera...
Nem seu amor, puro engodo... acreditei, eis a decepção
A árvore secou no outono, morreu no inverno e não deu flores na primavera... e com ela, um pouco de mim, também morreu.

AMW - Coimbra, primavera, 02-04-2015