quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Contrasenso criador...



POTÊNCIA... você se sente Deus... e provê e cria um Universo...
Dá vida a criação e a criança cresce, enquanto você observa...
Mas o maldito livre arbítrio...
Parece álcool nos sentidos... aniquila a perfeição do que imaginas...
IMPOTÊNCIA... estado de quem observa a criação inteligente: que faz suas próprias escolhas.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sintomas



Como definir esse frio no estômago...

E que são esses sintomas?

Prazer do sentimento que brota não sei de onde...

Que me deixa consciente de que estou viva,

Mas embriaga a razão, entorpece o sentido...

Borboletas pousaram na minha barriga,


E, de repente o coração parece pulsar mais forte,

Suspiro, a respiração fica ofegante
Sinto sede... salivo,

Os lábios reclamam outra boca,

Os olhos brilham... O corpo vibra...

Redescubro minhas curvas, a pele... outra sintonia
E fico imaginando coisas...
A mente quer, deseja, aquece e esquece...

É o desejo que baila em mim...

De que minha febre aumente!

Que teu corpo, se encaixe...

Tua voz, seja canção em meus ouvidos...
Teus olhos falem aos meus...
E meus olhos, respondam aos seus,

Hipnotizando-nos, 
E assim, doentes de amor, contagiados...
Perdêssemos a razão, 
Escrevendo uma nova página na poesia da vida!

AMW-Fênix

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Profano

Quis sufocar a menina que há em mim,  com os orgasmos da mulher que insaciável,
deliciou-se em braços que não lhe pertenciam, por mais de uma noite...
E ao acordar, linda e segura, qual loba devoradora seguir rumo ao próximo prato,
O próximo dia, com alegria da satisfação dos instintos consumidos em gemidos que nada sentiram senão o prazer do momento.
Quis não sentir a lágrima amarga, que teimou em visitar meus olhos cerrados, no prazer incontido do encontro com a pele do estranho que me teve pela metade...
Queria ser inteira ali e ficar, mas não posso... não é sábio nem prudente.
Parece que ninguém quer nada profundo, pleno, inteiro...
só a profano segundo do gozo, e a estranha despedida sem toques ou remorsos, sem até logo.... sem logo mais...
O raso momento da satisfação profana, insana.
E de tantos braços e abraços vazios, queria estar farta!
E farta, não desejar mais que isso, contentar-me em números, já que ao menos, posso tê-los...
Mas como? Como sufocar a menina que sonha?
Como acalmá-la na noite sombria? Porque é tão difícil satisfaze-la,
se tudo que ela quer é o aconchego de um colo seguro para dormir e amanhecer feliz??
Segurança em dias de vazio, ingenuidade.... Segurança é a infeliz certeza de que o amanhecer chega, o estranho se vai, o corpo satisfeito dorme, e a alma, vazia, tem fome... de amor.
Tentei em vão sufocar a menina que há em mim, no prazer profano de uma noite insana. Ela chorou.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Reflexão

Triste perceber que,
no final, de tudo que fomos
apenas restou
um par de havaianas velhas
esquecidas,
como suas promessas e juras de amor.

AMW-Fênix!

sábado, 21 de setembro de 2013

Lágrimas de amor

Parece que a dor verte versos mais facilmente...
A alegria, indescritível. foi vivida em dias em que os sonhos foram moldados como planos de futuro.
Bebi, embriaguei-me, me perdi na alegria de amar...
Mas amor é um verbo conjugado a dois para ser perfeito,
E essa conjugação, voluntária, 
Às vezes atraiçoa as promessas...
Eu não verti versos enquanto estive feliz, 
apenas os vivi!
Fui poetiza, construtora e leitora da realidade poética, da prosa que experimentei, mas não pude contê-la...
Até que chegou o dia em que você se foi,
em que me perdi na escuridão da tua ausência
E me encontrei menina, outra vez pequena, atormentada, com medo, esquecida, abandonada, insegura, infeliz...
O desamor revelou essa trágica poesia, 
vertida em lágrimas, que tentam tirar do coração a dor do amor que, 
por imaturo, em um instante de doces incertezas, começou e,
 diante de tuas dúvidas e abandono, sem que eu quisesse, acabou.


AMW -FÊNIX.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Carícia

Nossos olhares falam sem nada dizer...
Suas mãos percorrem meu corpo revelando minha cartografia escondida,
enquanto sua pele desliza na minha...
Toques, carinhos... entrega,
percorre meus caminhos, sem pressa,
valsam em teus dedos... meus cabelos,
meus sentidos.
E o corpo, entorpecido,
desperta...
na respiração, ofegante... 
no arrepio que percorre a pele...
No instante em que tu encontra enfim, 
minha alma, nua... ali, vívida,
conversando com a tua. 

(AMW-Fênix)



domingo, 14 de julho de 2013

Palavras da felicidade

Eu não imaginei que, um dia, a poesia seria impossível de ser escrita... 
As palavras sempre verteram, doces, amargas... 
Insistiram em materializar no papel a emoção da poetiza que, desastrada, ia compondo versos.
Eu não pude perceber,
mas a vida foi se tornando a própria obra, 
os dias, versos... e a alegria do coração, tão viva, tão presente, tão pulsante... formou rimas e prosas...
Quis descrever e não pude... em vão tentei, os versos não verteram.
As palavras não teriam o mesmo esplendor do sentir de um coração que, agora, vive a plenitude da sintonia com o universo na poesia da vida.

(AMW- Fênix)


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Chegue... 
de mansinho 
como a luz do amanhecer 
e, como sol, 
aqueça meu coração
 para que eu não sinta 
o frio da noite de tua partida 
por estar mergulhada 
no calor do dia 
em que fomos
 um..


(AMW-Fenix)